Buscamos o quê?

Hoje em dia é normal lermos notícias de mau comportamento por parte de crianças e adolescentes e também de jovens infelizes e deprimidos.

Estamos vivenciando um tempo onde tudo está diferente: as crianças de hoje não podem mais brincar na rua por motivo de segurança; tampouco podem ir sozinhos a lugares que nós íamos quando crianças; os pais têm que trabalhar em turno mais que integral para sustentar novas necessidades, então vemos crianças abandonadas e ocupadas com outras atividades que as deixam mais isoladas e porque não dizer – mais tristes.

Nas escolas e clubes, percebem-se crianças e adolescentes totalmente perdidos e com atitudes que mostram claramente a falta de amor, carinho e atenção por parte dos pais, o que cria uma geração sem rumo.

Os adolescentes estão se envolvendo com drogas e álcool cada vez mais cedo e atitudes como amizade e coleguismo estão sendo substituídas por ações egoístas e excludentes.

E eu me pergunto: por que isso está acontecendo? De quem é a culpa? Onde vamos chegar?

Bem, não preciso de muita explicação porque todos já sabem que a estrutura da família está diferente. As necessidades são outras e isso exige novos hábitos e mudanças de horários por parte dos pais o que deixa as crianças mais sozinhas e, com isso, gera toda uma gama de atitudes e consequências nada agradáveis.

Mas será que tudo isso é necessário mesmo?

Será que cada vez precisamos de mais e mais para vivermos?

Será que não estamos deixando de lado as coisas que são realmente importantes para dar espaço ao que vai e volta e não gera nada?

Até aonde vai a necessidade humana? A busca pelo que é material e que não gera valor real nenhum?

Até quando buscaremos satisfazer um coração que nunca está satisfeito com nada?

Será que se substituirmos algumas horas de trabalho diário pelas mesmas horas para brincar, conversar, ensinar e curtir nossos filhos, não geraríamos crianças e adolescentes mais felizes e satisfeitos?

Será que nós, pais, estamos satisfeitos com o que estamos conquistando?

Será que daqui a alguns anos ficaremos felizes em ver a atitude de nossos filhos ou como eles estão ou se transformaram?

Até quando ficaremos com nossos olhos e coração totalmente fechados para o que realmente importa?

Você está satisfeito consigo mesmo como pai e mãe?

Você está feliz com o que está vendo? Ou você nem vê o que está acontecendo na sua própria casa?

Poderia aqui fazer mais mil perguntas, mas acredito que essas já são um bom início para pensarmos.

Convido a todos que leram este post a parar por 10 minutos e responder todas as questões levantadas acima. E se quiser compartilhar suas dúvidas, incertezas ou sugestões, por favor, não se intimide, estamos todos aqui para aprender.

Faço só um suplico: vamos olhar para dentro de nós mesmos e parar de buscar coisas de fora que nunca satisfazem nosso coração, vamos cuidar de nossas crianças, vamos dar sentido verdadeiro à palavra “família”!